Bebê que seria vendido na Bolívia é resgatado em Cuiabá
A Polícia Civil de Cuiabá conseguiu quebrar uma suposta venda que aconteceria em um hospital na cidade, quando o crime chegou a ser investigado.
De acordo com as informações repassadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), duas mulheres estavam envolvidas em um crime de “Parto Suposto”, previsto no artigo 242, do Código Penal.
Mais conhecido como adoção à brasileira, é quando uma pessoa forja uma gravidez e toma o parto de outra pessoa como se fosse o seu, se tornando então a mãe “biológica” desse bebê.
Segundo o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as investigações identificaram a mãe como uma mulher que possui deficiência auditiva, quando ela entregou os seus documentos no hospital.
Por causa da deficiência, os médicos tinham uma grande dificuldade em conseguir conversar com a verdadeira mãe do bebê, que precisava fazer leitura labial, enquanto eles precisavam ficar sempre sem máscara para a comunicação ser melhor.
Isso acabou gerando uma grande confusão, quando a equipe do hospital chegou a reparar que a mulher que estava na identidade era diferente da paciente que havia feito o parto no local.
E tudo ficou ainda mais suspeito, quando uma mulher que não tinha nenhuma deficiência havia chegado para fazer o registro e levar o bebê como sendo de fato a mãe dele.
Investigações que foram além
Depois de muitas investigações, a polícia descobriu que a verdadeira mãe havia fugido após saber das investigações e tinha deixado o seu bebê sob os cuidados de uma irmã.
A polícia chegou a descobrir ainda, que a mulher que estava por trás do crime tinha passado os últimos meses mantendo a mãe grávida em cárcere privado.
Ainda assim, o bebê de fato não seria para ficar com ela. Segundo o delegado, de acordo com as evidências recolhidas pela equipe, ele seria enviado para a Bolívia, onde seria repassado para outras pessoas.
Uma dos que só quem é mãe pode sentir
O crime de fato é algo lamentável. Pois não estamos falando de um mero objeto que pode ser repassado como uma simples venda ou troca, mas uma vida!
O delegado da Polícia Civil do MT afirmou ainda que tudo tinha sido programado entre as duas pelas redes sociais. Como falamos mais acima, além do cárcere privado, também chegaram a suspeita de envolvimento de tortura.
Ao lado da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente, a polícia estará dando continuidade com as investigações para encontrarem qualquer tipo de envolvimento existente a esta organização.
O pequeno bebê já foi encaminhado com segurança para um abrigo e estará recebendo todos os cuidados que precisa, como um recém-nascido dependente. Felizmente esse caso chegou a ser solucionado a tempo!