Polícia

Cabo do Corpo de Bombeiros de Vilhena salva recém-nascida engasgada pelo telefone orientando os pais

Uma recém-nascida foi salva graças a ação rápida prestada por telefone pelo Cabo Bombeiro Militar Felipe Magnus, do 1ºSubgrupamento de Corpo de Bombeiros Militares, do bairro Bela Vista, em Vilhena.

A ocorrência foi registrada na noite desta terça-feira, 15 de Fevereiro, quando o CB/BM F. Magnus atendeu ao telefonema da mãe de uma bebê recém-nascida que relatava que sua neném havia se engasgado com o mama.

Através da própria ligação, CB/BM F. Magnus acalmou a mãe e deu as dicas que ela seguiu a risca as Manobras de Tapotagem”, vindo a salvar a criança até antes da chegada da unidade de resgate do Corpo de Bombeiros.

A bebê que tem apenas 20 dias de vida é moradora do bairro Cidade Verde e passa bem. A mãe disse que a bebê apresentou melhora logo após os procedimentos.

CB/BM F. Magnus relatou ao Rota Policial News que a mãe ouvia as instruções por ele repassadas e antes mesmo da saída da unidade de resgate.

O que fazer em casos de engasgo

Há dois tipos de engasgo: o parcial, quando ainda está passando um pouco de ar, mas não a quantidade ideal, e o total, quando as vias respiratórias estão completamente obstruídas. No primeiro caso, a criança vai apresentar tosse rouca e chiado no peito.

No segundo, a criança não consegue falar, nem tossir e vai começar a ficar com lábios arroxeados pela falta de ar.

Nessa hora, por mais desesperador que seja o quadro, é preciso manter a calma e ajudar a criança a desengasgar. Veja o que fazer com:

Crianças de até 1 ano
1. Segure-a (de bruços) com o rosto voltado para baixo e com a cabeça mais baixa que o tórax;
2. Cuidado ao apoiar a cabeça, sustente-a firmemente com seu antebraço;
3. Aplique cinco golpes energéticos no meio das costas (usando o punho da mão com os dedos estendidos);
4. Vire a criança (de barriga para cima) firmemente apoiando sua cabeça e a mantendo mais baixa que o corpo;
5. Observe se ocorreu a saída do objeto, caso contrário aplique cinco compressões rápidas no tórax (utilize três dedos para aplicar as compressões no meio do tórax, entre a linha dos mamilos);
6. Se esse procedimento não expulsou o objeto, peça ajuda e acione o serviço de emergência (CORPO DE BOMBEIROS -193 ou SAMU -192);
7. Repita os procedimentos acima até a chegada do serviço de emergência.

Crianças maiores de 1 ano
1. Ao reconhecer um engasgo, posicione-se atrás da criança de joelhos e atrás do adolescente ou adulto de pé – é preciso ficar na mesma altura;
2. Abrace o tronco da criança envolvendo-o com os dois braços;
3. Feche uma das mãos e coloque a parte plana (onde está o polegar) na “boca do estômago”, que fica logo acima do umbigo;
4. Segure o punho com a outra mão e realize cinco compressões rápidas (apertando para dentro e para cima);
5. Encoraje a criança a tossir (se ela conseguir durante a manobra);
6. Após realizar a manobra ao menos duas vezes e perceber que o objeto não saiu, ou que a criança apresenta-se pálida, com lábios arroxeados, acione a emergência (CORPO DE BOMBEIROS -193 ou SAMU -192) e continue a manobra até a chegada do socorro ou até que a criança esteja inconsciente.

Vale lembrar que o reflexo que muitos pais têm na hora do engasgo é enfiar o dedo na garganta da criança para retirar o alimento entalado, mas isso pode mais atrapalhar do que ajudar.

Se depois de comprimir o peito da criança você conseguir ver o alimento no fundo da garganta, você pode tentar enfiar o dedo para tirá-lo – tente com o mindinho, que é mais fino.

Se você não conseguir enxergar o alimento e enfiar o dedo, provavelmente vai empurrá-lo mais para baixo. Na dúvida, não hesite em chamar o serviço de emergência.

A foto que ilustra a matéria apenas mostra quem é o cabo do Corpo de Bombeiros que salvou a criança.

Dicas para prevenir o engasgo

– A criança deve comer sempre sentada – não dá para brincar, correr ou andar ao mesmo tempo em que se mastiga ou se bebe alguma coisa.

– Quando há crianças de faixas etárias diferentes à mesa, é preciso ficar de olho! O menor pode pegar uma comida diferente do prato do maior, ou algum pedaço grande demais.

– Desde cedo, é importante ensinar a criança a mastigar direito antes de engolir, assim como criar um ambiente de tranquilidade na hora das refeições.

– O ideal é deixar o bebê pequeno o mais quieto quanto for possível por pelo menos 1 hora e meia depois da mamada. Eles devem ficar inclinados em um ângulo de 30° para evitar o refluxo. Coloque um travesseiro debaixo do colchão ou eleve os pés do berço pelo menos 10 centímetros.

– Não force a alimentação da criança. Nada de ficar perseguindo o seu filho com o prato de comida nas mãos, querendo enfiar uma colherada de comida na boca dele.

– Se a criança engasga com frequência, vale verificar se ela não apresenta nenhum outro problema, como refluxo gastroesofágico.

– Para crianças menores, só ofereça talos de vegetais cozidos, que são mais macios que os crus e não se partem com tanta facilidade quando mordidos. Na dúvida, peça orientação ao pediatra para saber até que idade é necessário cortar os alimentos ou desfiar a carne em pedaços apropriados.

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