Polícia

Casal se passa por agente de saúde e tenta vender receitas para ‘cura’ da Covid-19 em RO

Um casal se passou por funcionário da saúde e tentou vender livros com receitas que prometem a cura do novo coronavírus. O caso aconteceu nesta semana em Machadinho D’Oeste (RO). Testemunhas informaram à polícia que ambos também andavam uniformizados e usando crachás.

O homem e a mulher, de 60 e 52 anos, respectivamente, assinaram um termo de responsabilidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, moradores acionaram a polícia após se depararem com o casal tentando vender livros com as receitas medicinais. Cinco testemunhas, que têm entre 19 e 68 anos, revelaram que o homem e a mulher insistiam entrar nas residências após a abordagem.

Os livros eram vendidos em três parcelas de R$ 89 e havia um menor a R$ 20. Uma das testemunhas chegou a dizer que deu R$ 20 ao casal para que parasse de insistir na venda e fosse embora.

Outra informou que os dois se identificaram como agentes de saúde, usavam crachás azuis e foi questionada pelo casal sobre seu estado de saúde.

Uma terceira testemunha relatou ter estranhado a forma como o casal entrou em sua casa. Como justificativa para não comprar os livros, disse aos dois que tudo o que precisa consulta na internet.

Porém, com a insistência, resolveu acionar a polícia. Nesse momento, o casal saiu da casa e entrou em um carro. Pela direção em alta velocidade, quase atropelaram um motociclista.

A polícia cita ainda que três pessoas seguiram o casal em uma caminhonete e conseguiram alcançá-lo. Porém, com a demora na chegada da guarnição, os dois foram embora.

Depois da coleta de depoimentos, a polícia conseguiu localizar o casal, além dos materiais de venda, uniformes e crachás. Ambos assinaram um termo de responsabilidade por crime de violação de domicílio.

Coronavírus tem cura?

Não. O que existe é a chamada “cura espontânea” – que ocorre quando o corpo reage à infecção –, mas ainda não há um tratamento medicamentoso definido. Os pacientes que estão com a doença devem receber tratamento que alivia os sintomas.

Nos casos em que a pessoa está com uma forma mais grave da doença, é necessário hospitalização, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Rondônia, a hidroxicloroquina está sendo oferecida a todos os pacientes internados na rede estadual, desde o paciente aceite e não haja contraindicação.

“Tudo que surge de medicamento tem estudos mostrando que esses medicamentos são bons. Nós estamos usando em Rondônia. Claro, é uma doença nova. Apareceu alguma coisa nova e não tem contraindicação, dá pra utilizar, vamos utilizar, tentar salvar os rondonienses”, disse o secretário Estadual de Saúde (Sesau), Fernando Máximo.

O secretário explicou que nos pacientes com sintomas leves, o medicamento pode ser oferecido pelos municípios dependendo dos protocolos adotados.

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