Polícia

Enfermeira leva soco e técnica tem cabelo arrancado durante ataque de paciente em hospital de Rondônia

Uma funcionária do Hospital João Paulo II fez um vídeo pedindo segurança após uma paciente da ala psiquiátrica quebrar o computador e agredir uma técnica de enfermagem e uma enfermeira. O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO ) por meio de nota disse que não foi a primeira vez que uma situação de agressão no hospital foi registrada. O caso aconteceu na terça-feira (19) em Porto Velho.
Em vídeo publicado nas redes sociais, uma funcionária da unidade narra a situação após a paciente quebrar alguns objetos, entre eles o computador, e atacar uma técnica de enfermagem, com puxões de cabelo e dar um soco no estômago de uma enfermeira.

“Ela agrediu a enfermeira e a técnica. Arrancou o cabelo da técnica. Ela quebrou o computador. O funcionário que está na classificação de risco não tem proteção nenhuma. A paciente bate e afronta. A colega teve o cabelo arrancado. A outra levou um murro no estômago. A gente não tem proteção nenhuma por parte da gestão para cuidar dos nossos servidores que estão atendendo a população”, pontua.

Ainda no vídeo, a funcionária diz que o problema não é por conta do atendimento a paciente da ala psiquiátrica, mas pela falta de segurança.
Ao g1 o chefe do departamento de fiscalização do Coren-RO informou não ter sido a primeira vez que um servidor do hospital João Paulo II passou por uma situação de agressão no ambiente de trabalho.

“Já havíamos fiscalizado a instituição para verificar as condições de atendimento dentro da rede de saúde mental, considerando que o João Paulo é porta de entrada para essas emergências psiquiátricas e naquela oportunidade já tinha recomendado ao hospital que constituísse um grupo de trabalho, elaborasse estratégias para esse acolhimento terapêutico e dentro desse grupo de trabalho, certamente haveria a discussão sobre a segurança dos profissionais de enfermagem”, disse.

O fiscal destacou que as medidas cabíveis para buscar por aumento da segurança no local foram solicitadas.

“Com esse novo fato, fizemos uma nova fiscalização e vamos encaminhar os documentos à Secretaria de Estado da Saúde solicitando apoio e segurança ao profissionais, as medidas cabíveis dentro desse contexto de emergência e aos demais órgãos sugerindo na oportunidade, que seja deslocada essa porta de entrada, atendimento das emergências psiquiátricas para outra unidade de saúde, considerando o fato de que o João Paulo não possui estrutura física adequada para esse tipo de atendimento”.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que, os profissionais agredidos pela paciente estão recebendo todo o suporte médico necessário e que nos últimos três meses, a unidade atendeu mais de 450 pacientes psiquiátricos.

Quanto à paciente citada pela funcionária, a assessoria disse que ela é Vista Alegre do Abunã (RO) e deu entrada no Hospital João Paulo II com sinais de agitação e agressividade. A mulher já foi transferida para a psiquiatria do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, onde atualmente, estão internados 30 mulheres e 28 homens.

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