Falsa cura do COVID-19 termina com mais de 700 mortos
Em meio ao caos causado pela pandemia de coronavírus, muitos boatos são levantados a respeito de curas mirabolantes, mas essa falsa cura levou à morte mais de 700 iranianos. De acordo com as autoridades do país, essas pessoas ingeriram metanol, que é um composto químico proibido no país. Segundo informações, eles acreditavam que a ingestão deste composto químico, faria uma limpeza dentro de seus corpos e mataria o vírus.
As mortes ocorreram entre os meses de fevereiro e abril. No Irã, o consumo de bebidas alcoólicas é estritamente proibido, por isso, com a ideia de que o vírus morreria, as pessoas compraram a bebida com contrabandista que utilizam misturas químicas perigosas para produzir sua mercadoria.
Além das vítimas mortas, também houveram vítimas com lesões menos graves. O Ministério da Saúde do país apontou que, pelo menos, 5 mil pessoas tiveram intoxicação pela ingestão do composto. A maioria delas teve sequelas irreversíveis como cegueira ou algum dano no globo ocular.
Número de intoxicados pode ser ainda maior
Mas eles acreditam que o número de intoxicados deva ser ainda maior, já que a maioria das pessoas não tem o costume de procurar auxílio médico no país. A ingestão dessa substância é tão grave que apenas inalar o composto já pode causar falência múltipla dos órgãos e danos ao cérebre.
Os sintomas são instantâneos começando com dor no peito, náusea, falta de ar e cegueira total ou parcial, esses sintomas podem evoluir para o coma.
Existe uma norma no Irã a respeito do metanol. O governo determinou que é necessário que se use uma coloração artificial no composto químico para diferenciar do etanol utilizado na fabricação de álcool, que é usado para limpeza de feridas e até mesmo bebidas alcoólicas. Para driblar essa norma, os contrabandista usam água sanitária para desfazer a coloração do metanol e utilizá-lo nas bebidas. No oriente médio, o Irã é o país com pior cenário do novo coronavírus, são 5806 mortes ao todo.