Polícia

Justiça nega soltar padrasto que matou enforcado menino de 5 anos em MT para se vingar da ex

José Edson Santana, 33 anos, matou o pequeno Davi Heitor Prates, 5 anos, em março deste ano, em Colíder.

A juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 3ª Vara de Colíder (650 km de Cuiabá), manteve a prisão preventiva de José Edson Santana, 33 anos. Ele assassinou o pequeno Davi Heitor Prates, de 5 anos, em março deste ano. Na decisão, a magistrada considerou que a soltura do bandido traria “gravoso risco à garantia da ordem pública”.

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Heitor Davi foi brutalmente assassinado no dia 03 de março, em Colíder. O corpo dele foi encontrado em uma região de mata 3 dias depois. Junto do cadáver, havia uma carta do assassino com ameaças e justificativa para o crime.

O bandido foi preso em flagrante e confessou o crime, em depoimento. Na ocasião, ele alegou não se lembrar do motivo de ter cometido o homicídio. Porém, de acordo com o delegado Breno Houlu, as investigações apontaram que o crime foi planejado, como forma de ‘vingança’ contra a mãe do garoto.

José passou por audiência de custódia, onde foi decretada sua prisão preventiva, que deve ser revisada a cada 90 dias, segundo determina o Código de Processo penal (CPP). Na última sexta-feira (1º), a juíza Paula Tathiana entendeu que é preciso manter a privação da liberdade dele.

“A fundamentação da medida extrema restou perfeitamente justificada por meio dos dados concretos lançados nos autos e não se verificou qualquer alteração substancialmente fática desde a data da decisão que a decretou. Ao contrário, a conclusão das investigações apontou para a suposta prática de delito de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, em face de vítima sobremaneira vulnerável, a evidenciar gravoso risco à garantia da ordem pública”, destacou.

A magistrada ainda citou que, em pouco mais de 9 meses, José já foi denunciado e pronunciado para ser julgado pelo Tribunal do Júri. “Não havendo que se cogitar em excesso de prazo da segregação cautelar”, concluiu.

Assassino ajudou nas buscas

José chegou a ajudar a procurar o menino, quando a mãe se deu conta do desaparecimento do filho na sexta-feira. Depois de matar a criança asfixiada e jogar o corpo em uma mata fechada, na MT-320, próximo a uma pista de MotoCross, ele ainda simulou que estava ajudando nas buscas.

“O autor desse crime bárbaro estava dissimulando que estava ajudando nas buscas. Ele sabia que a criança estava morta e estava ajudando, pois era ex-companheiro da mãe da vítima. No primeiro momento, a mãe se negava a aceitar de que ele poderia ser um suspeito, que ele era bom para as crianças e as crianças confiavam nele”, disse o delegado Breno Houly à época.

Vídeo do dia do crime mostra que Davi confiava no ex-padrasto, pois quando ele chega em uma esquina, o menino vai em direção a ele, por volta das 11h25. Para o delegado Breno Houly, ele havia premeditado o crime, pois estava com dois capacetes.

As câmeras de segurança mostram todo o trajeto do criminoso com o menino. O bandido só assumiu o crime após ser confrontado com as imagens. Ainda assim, ele mentiu para a polícia que teria asfixiado, amarrado uma pedra na perna do garoto e o jogado no rio. Depois, confessou onde realmente havia deixado o corpo, em uma região de mata.

Em nenhum momento, José Edson demonstrou remorso ou arrependimento.

Após dois dias de buscas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil, foi descoberto que o assassino mentiu. Muitos policiais civis que estavam de folga e viajando vieram ajudar para Colíder para ajudar no trabalho das investigações para agilizar o esclarecimento do caso.

Fonte: Repórter MT

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