Líder do ‘Novo Cangaço’ e empresário são assassinados no Mato Grosso
Lindomar Alves de Almeida, conhecido como Nenezão, acusado de chefiar uma organização criminosa que praticou diversos assaltos a banco na modalidade “Novo Cangaço” no Estado, e um empresário, identificado apenas como Geraldo, foram assassinados na manhã desta sexta-feira (3), no Centro de Nobres (122 km de Cuiabá).
Segundo a Polícia Militar, uma equipe realizava rondas pela Avenida Getúlio Vargas quando foi acionada por populares informando que uma caminhonete ToyotaHillux estacionou na Rua Cuiabá e, em seguida, um veículo branco parou atrás.
Dois homens encapuzados e armados saíram do carro e efetuaram dois tiros contra as duas pessoas que estavam na caminhonete.
Lindomar morreu no local, o empresário foi socorrido pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado até o hospital do município, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu.
No local, os policiais encontraram dois cartuchos calibre 12. O lugar foi isolado pelos militares que também acionou as equipes da Polícia Judiciária Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para finalizar a ocorrência.
Condenação
Lindomar foi condenado pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a 10 anos de prisão, em regime fechado, devido ao roubo de R$ 1 milhão ao Banco do Brasil de Paranatinga (373 km de Cuiabá), ocorrido em 2011.
No entanto, em agosto deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello anulou a sentença contra o acusado e determinou a realização de um novo julgamento.
A quadrilha chefiada por Lindomar é investigada nos roubos aos bancos dos municípios de Campo Novo do Parecis (duas vezes), Canarana (2010), Querência (2011), Paranatinga (3 vezes), Nova Mutum (2009), Alto Taquari (2009), Campinápolis (2008), além de roubos em outros estados como o ocorrido em São Félix do Xingu, em setembro de 2010.