Polícia

MT: Homem que invadiu policlínica matou pais adotivos e irmão de 3 anos

O homem de 29 anos que invadiu a Policlínica do Planalto, na avenida Dante de Oliveira, no início da madrugada desta quinta-feira (18), assassinou a família inteira a facadas quando tinha apenas 16 anos. O crime bárbaro foi cometido no município de Cáceres (225 km a oeste da Capital) e ainda no ano de 2014 o criminoso foi interditado pela Justiça com quadro clínico de transtorno da personalidade antissocial (sociopata).

Na unidade de saúde, o acusado tentou se passar por médico, começou a mexer nos objetos dos trabalhadores e assustar as pessoas do local. Após a PM ser acionada, o homem se recusou a deixar a policlínica e ainda inda passou a ofender os policiais militares, os chamando de “cachorros”.

O assassinato da família foi cometido na madrugada do dia 14 de outubro de 2006, quando o assassino, à época com 16 anos, esperou os pais adotivos, Nivaldo Cruz Gonçalves, 43, que era açougueiro, e a professora Júlia Messias da Cruz Gonçalves, 33, dormirem, pegou duas facas no açougue da família e matou as vítimas.

Nivaldo foi morto com 13 facadas e Júlia com 12.

O irmão mais novo do acusado, com apenas três anos, segundo relato do próprio acusado, teria acordado assustado e começado a chorar, então o adolescente pegou a criança, levou para a cozinha na intenção de acalmá-la, porém como o menino não parou com o choro foi assassinado com oito facadas.

Após cometer o triplo homicídio, o menor teria limpado as facas, tomado um banho e saído para uma festa na cidade, tentando criar um álibi, mas como os investigadores já estavam desconfiados do envolvimento do jovem colheram depoimentos das testemunhas que estiveram com o acusado na festa, quando estes disseram que o adolescente só apareceu por volta das 2h do domingo (15), diferente do que o assassino havia alegado anteriormente, de que havia saído de casa às 22h.

O sociopata foi quem chamou a polícia no início da manhã do domingo, comunicando o fato, dizendo que havia acabado de chegar em casa e encontrado a família morta. A partir daí começaram as suspeitas sobre o menor, que não demonstrava nenhum tipo de emoção ao falar sobre o caso.

Sem saída, com o cerco fechado, o adolescente confessou o crime e foi internado em um Centro Socioeducativo, onde ficou por três anos e teria que sair do internato. Em 2014 o Ministério Público Estadual (MPE) representou pela interdição do acusado, que foi acatado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que o assassino tivesse acompanhamento psiquiátrico, seja voluntariamente ou por força coercitiva.

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