Mulher mantida em cárcere por 9 horas em Piracicaba é agredida e tem dois dentes quebrados; homem acaba preso
Durante o período em que ficou presa dentro da casa, vítima também sofreu série de ameaças e teve o cabelo cortado. Segundo a Guarda Municipal companheiro dela admitiu os crimes.
Um homem foi preso em flagrante neste domingo (23) por agredir, ameaçar e manter a companheira em cárcere privado por nove horas em Piracicaba (SP). De acordo com a Guarda Municipal, o rapaz chegou a cortar o cabelo e quebrar dois dentes da vítima, além de ter feito ameaças de morte a ela no momento em que era detido.
Segundo o guarda que atendeu a ocorrência, a corporação recebeu uma denúncia sobre o caso. No local os guardas olharam por um buraco na parede o homem ameaçando a vítima com uma faca e impedindo que ela saísse do local.
Os guardas interviram e abordaram o homem. A mulher saiu da casa logo em seguida e, segundo os guardas, estava com o nariz sangrando, vários hematomas pelo corpo e com dentes faltando, além do cabelo picotado.
A vítima relatou à Guarda Municipal que morava com o homem há cerca de um mês e que, durante a madrugada deste domingo, disse para ele que era “a mulher mais bonita daquela rua”. Esse teria sido o motivo para o homem a puxar pelos cabelos para dentro da casa e espancá-la. Durante cerca de nove horas ele a impediu de sair de casa e a agrediu.
“Torturou a mesma, cortando o cabelo, batendo na na face dela, deu socos na boca dela, inclusive, arrancando dentes”, contou um dos guardas que atendeu a ocorrência.
A mulher ainda relatou à corporação que foi obrigada a manter relação sexual com ele após as ameaças.
Admitiu os crimes, segundo guarda
O homem foi questionado e, segundo a Guarda, confessou os crimes. Ele teria dito ainda que tinha certeza que seria preso, mas que quando saísse ia matar a vítima.
O suspeito foi algemado e levado para a delegacia, onde ficou preso por violência doméstica, lesão corporal de natureza grave e cárcere privado. Ele já tinha passagens pela polícia por outros crimes e também por lesão corporal.
Segundo o guarda municipal, o caso não foi registrado como estupro ou tortura, mas esses crimes também foram citados nos autos policiais e serão apurados. Caso constatados, o homem também pode responder por eles na Justiça.
A vítima afirmou que era a terceira vez que era agredida pelo companheiro, mas que por conta de ameaças de morte não tinha solicitado apoio policial antes. Ela relatou aos guardas que tinha certeza que seria morta se não fosse a chegada da corporação.
Ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Cristina, onde foi atendida por um médico e depois liberada.