Mulher que levou 27 tesouradas diz que não discutiu antes de ataque com gritos e golpes de cabeleireiro
A advogada Júlia Castro, de 26 anos, que levou 27 tesouradas de um cabelereiro, na cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, negou nas redes sociais que tenha havido uma discussão entre eles antes do ataque.
Júlia explicou que estava trabalhando, com o notebook no colo, enquanto o homem mexia em seus cabelos. Em determinado momento, ele gritou que “precisava enfiar a espada na serpente” e começou a dar golpes com tesoura nas costas dela.
Segundo a vítima, algumas pessoas estariam especulando que os ataques foram por conta de discussões sobre política, mas ela nega. “Sou cliente dele há um ano e nunca discutimos. Ele sempre me tratou muito bem”, afirmou.
Ela contou que, após os primeiros golpes, jogou o notebook no chão e tentou acalmá-lo, mas não foi possível. Os dois acabaram entrando em luta corporal. Júlia disse que, mesmo após tê-lo arranhado e mordido, o homem continuava dando tesouradas nela. Então, começou a gritar por socorro.
Os vizinhos ouviram a discussão e foram ajudá-la. Eles entraram no salão e separaram a briga.
A advogada precisou ser encaminhada para a Santa Casa da cidade devido aos diversos ferimentos pelo corpo. Ela havia marcado horário com o profissional porque, no dia seguinte, seria a sua festa de aniversário.
A vítima ainda relatou que precisou levar 17 pontos pelo corpo, mas optou por não cancelar a festa. “Foi o maior livramento da minha vida”, conta.
Após a confusão, o cabeleireiro fugiu do local, mas foi encontrado pela polícia logo depois, pronunciando “palavras desconexas”. De acordo com os agentes, ele estava em surto.
O homem passou por exames psicológicos e foi preso por tentativa de homicídio.