PF prende 12 e apreende 25 veículos em operação contra o tráfico; base da quadrilha era em Porto Velho
Na manhã desta quarta-feira (29), 62 mandados judiciais foram cumpridos pela Polícia Federal, durante a Operação Fim de Carreira, deflagrada em Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes, Jaru e Goiânia, no Estado de Goiás.
A investigação tenta desarticular organização criminosa especializada no tráfico entre os estados da Federação, utilizando-se dos mais variados tipos de veículos nas rodovias brasileiras, tendo o estado de Rondônia como base logística no fornecimento das cargas ilícitas.
Durante a operação, 12 pessoas foram presas. Os policiais apreenderam 25 veículos, joias, drogas, duas armas, duas motos aquáticas e R$ 10 mil em espécie.
Das prisões, três pessoas foram em flagrante, duas por posse de arma de fogo, sendo em Porto Velho e Guajará-Mirim. Ainda em Guajará-Mirim, uma pessoa foi presa por tráfico de drogas.
Os policiais cumpriram ainda, 9 prisões preventivas, contra os alvos da Polícia Federal. Seis investigados e duas de suas empresas tiveram suas contas bancárias bloqueadas.
O trabalho de investigação teve início em 2022, com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da organização criminosa sediada e atuante em Porto Velho, o que resultou na apreensão de considerável carga de droga dissimulada nos compartimentos de um veículo utilitário da cidade de Ji-Paraná.
Nas investigações, foi descoberto que os integrantes do grupo criminoso utilizavam diferentes rotas rodoviárias para o escoamento de remessas de cocaína, provenientes da região de Porto Velho e Guajará-Mirim. O grupo era especializado em confeccionar compartimentos secretos, mais conhecidos como “mocós”, em veículos utilitários, caminhões e carretas no intuito de esconder os tabletes de cocaína.
Diante dos fatos apurados foi possível identificar ao menos 10 remessas de cloridrato de cocaína da organização criminosa, nas rodovias, totalizando mais de duas toneladas de droga. Além das cargas, os motoristas transportadores foram presos em flagrante ao longo das investigações.
Com a evolução da operação foi possível identificar criminosos envolvidos na lavagem de dinheiro adquirindo bens e veículos de luxo. Eles utilizavam contas bancárias de empresas e pessoas físicas para movimentação dissimulada de valores.
Os indiciados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 44 anos de prisão.
Fonte: Rondoniagora