REVOLTANTE: Polícia Civil descobre estúdio de pornografia infantil no Brasil
A Polícia Civil descobriu na manhã desta quinta-feira (13) uma casa usada como estúdio para a produção de pornografia infantil na Zona Oeste do Rio. O material produzido era vendido para clientes do mundo todo na deep web — uma camada obscura da internet.
As vítimas eram aliciadas em comunidades de Santíssimo. De acordo com os investigadores, Klaus Berno Fischer, um alemão de 73 anos, é o responsável pelo local e conseguiu fugir. Agentes afirmam que Klaus deixou para trás documentos como passaporte e a habilitação.
A Polícia Civil divulgou a foto do suspeito para facilitar a localização. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados, no telefone (21) 98849-6099; pela Central de Atendimento, no (21) 2253-1177; através do Facebook; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.
A casa contava com itens do universo infantil, como balanços, gangorras e balões, ao lado de objetos eróticos. Os menores, de diversas idades, eram fotografados e filmados no local.
Policiais suspeitam que algumas vítimas ou pessoas ligadas a elas tenham avisado Klaus sobre os agentes. De acordo com o delegado responsável pelo caso, o alemão possui visto de permanência no país.
“Ele tem uma agência de viagens que temos a desconfiança de que estaria envolvida nestas atividades de violência sexual, inclusive com turismo sexual”, destacou Luís Maurício Armond.
Os investigadores chegaram ao local a partir da denúncia de uma mãe, que foi até a 35ª DP (Campo Grande) para denunciar os abusos contra as filhas, de 12 e 14 anos. De acordo com o delegado, ela estava acompanhada de uma amiga, que tem uma filha de 5 anos de idade.
“Determinei que fossem realizadas as diligências para verificar o que estava ocorrendo, e tivemos a surpresa de chegar e nos depararmos com isso”, explicou o delegado.
Arquivos criptografados
Os policiais encontraram no local mais de 30 mil arquivos criptografados. Segundo o delegado, o trabalho para tentar apagar as pistas era cuidadoso.
“Era um trabalho extremamente profissional, as informações repassadas por ele para algumas pessoas é que ele vendia através da deep web para sites pornográficos na Europa, especialmente na Alemanha, já que ele é de Berlim”, disse Armond.
Paredes falsas
O local usado como estúdio possuía, de acordo com a polícia, paredes falsas e cofres, além de diversos apetrechos eróticos que seriam usados em crianças.
Os menores que seriam levados para o local seriam de diversas idades. Segundo o delegado, já foram identificadas vítimas de 5 a 14 anos. Porém, é possível que vítimas mais novas tenham sido abusadas.
Outros aliciadores
De acordo com as investigações, duas pessoas seriam responsáveis por aliciar os menores nas comunidades ao redor da casa. Pagamentos, roupas e presentes eram oferecidos para atrair as vítimas.
Lá, o alemão registraria os menores em fotos e teria relações sexuais.