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Ponte sobre o rio Madeira no distrito de Abunã é inaugurada; uma nova rota de desenvolvimento para Amazônia

A inauguração da ponte sobre o rio Madeira, ocorrida nesta sexta-feira (7), construída inteiramente em território rondoniense, no distrito da Ponta do Abunã, em Porto Velho, torna este um dia histórico para a região, pois coloca definitivamente fim à dependência do uso de balsas para deslocamento entre Rondônia e Acre, reduzindo custos e tempo, e fortalece assim, nova rota de desenvolvimento na Amazônia.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro chegou ao ato de inauguração da ponte ao lado do governador de Rondônia, Marcos Rocha, onde conferiu a nova estrutura de concreto e aço de mais de 1,5 quilômetros de comprimento por 14,45 de largura, sendo considerada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) uma das maiores pontes do país.

O governador de Rondônia destacou o orgulho de ter no Estado uma obra tão importante para o desenvolvimento da região e reforçou que trabalha de forma alinhada para que as obras estruturantes sejam feitas para o benefício da população, focado, assim como o presidente, no compromisso de lutar pelo melhor para o país. “Reforça a nossa esperança como Nação, a esperança de sermos maiores e melhores como povo, estamos unidos no desafio de mudar o nosso país. Aqui havia brasileiros há muito tempo esquecidos, mas agora somos reconhecidos e agradecemos a fidelidade com o povo”, pontuou.

Marcos Rocha ainda falou da satisfação de receber em Rondônia o presidente do Brasil, ministros, a bancada federal, deputados estaduais, o governador do Acre, Gladson Cameli, e prefeitos, que prestigiaram a consolidação total da interligação rodoviária do Norte com o restante do país.

PRIORIDADE NACIONAL

A obra, que teve início em 2014, ganhou status de projeto prioritário do Governo Federal nesta atual gestão, e segue a mesma linha do Governo de Rondônia de concluir obras inacabadas. A busca pelo término da obra também fez parte de alinhamentos entre o presidente e os chefes do Executivo de Rondônia e Acre.

“Tudo o que tem pelo Brasil que não está concluído, vamos concluir. Essa ponte é um exemplo disso. Essa obra não parou mesmo diante da pandemia, o Brasil não pode parar. Neste momento estamos unindo por rodovia o Acre ao restante do país, por meio dessa obra no estado irmão, Rondônia. Fiz minhas contas, e constatei que aqui vocês deixaram cerca de R$ 100 mil por dia para passar de um lado para o outro por balsa. Isso acabou. Além do tempo que vocês não mais gastarão, e tudo que dependia de transporte para o Acre vai diminuir em torno de 5%. É um privilégio concluir essa obra”, ressaltou o presidente.

A ponte de mão dupla, com dois acostamentos e passarela, teve custo superior a R$ 160 milhões. Ela é curvada, nos moldes de um arco. No ponto mais alto atinge 30 metros em relação à lâmina d’água.

“Um sonho realizado. A gestão do presidente Jair Bolsonaro não se esqueceu de Rondônia e Acre. O que será esquecido é o gasto com a travessia por balsa, esse Governo está interiorizando a logística. Celebro também a dedicação de diversos profissionais que fizeram de tudo para que essa ponte saísse, em especial o engenheiro Francisco Tiago, falecido na semana passada. Foi um desafio, nós vencemos um gigante, nós vencemos o Madeira, um rio rebelde como todo jovem, e todos os desafios foram superados para domar esse rio jovem começando pelas fundações”, disse o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Gomes Freitas.

O governador Marcos Rocha aproveitou a ocasião e entregou ao presidente e ao ministro de Infraestrutura, a medalha Ordem do Mérito Marechal Rondon. Criada por Decreto Lei de nº 30, de 5 de novembro de 1982, e destinada a homenagear personalidades ou instituições em reconhecimento pela notoriedade dos serviços ao Estado de Rondônia.

IMPACTOS POSITIVOS

Depois da ponte, antes de chegar ao Acre, ainda se percorre, em Rondônia, os distritos de Fortaleza do Abunã, Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia. Os produtores rurais dessa região também devem ser impactados positivamente com o fomento da economia com a consolidação desse novo corredor comercial mais vantajoso.

Com a ponte em Rondônia, o Acre também é diretamente beneficiado, pois deixa para trás a ameaça de isolamento como já ocorreu em 2014 na grande cheia do rio Madeira, e também resolve o problema de ver o preço de produtos aumentarem nos períodos de dificuldade de travessia por balsas.

E mais, fortalece a projeção de logística por meio do Pacífico. “A ponte facilita a logística do comércio de Rondônia com o Acre, e com todo o mercado andino. Facilita também a importação de mercadorias, já que há expectativa de investimentos estrangeiros para viabilizar um corredor de importação nessa região, pois com essa estrutura reduz os riscos de interrupção de transporte, ou seja, há maior segurança para os operadores logísticos. Isso favorece a implantação de negócios, favorece o crescimento do Estado”, afirma o titular da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), Luís Fernando Pereira.

“Nós temos uma grande oportunidade de atingirmos com força o mercado peruano e melhorarmos a relação com a Bolívia, além de nos fazer pensar já no Pacifico para exportação para a China. A logística é fundamental para o desenvolvimento do Estado”, reforça o gestor da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani.

O presidente reforçou o compromisso de ajudar Rondônia no combate aos conflitos agrários desencadeados por criminosos altamente organizados. “Não vai ficar barato o que estão fazendo. Não há espaço aqui para grupos terroristas. Nós temos meios de fazê-los entrar no eixo”, disse Bolsonaro, que prontamente atendeu o pedido de apoio do governador Marcos Rocha para equalizar esse desafio. Em um Estado agro como Rondônia, o presidente ainda aproveitou para parabenizar os produtores rurais que tem se esforçado para fomentar o desenvolvimento do Estado e de todo o país.

 

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