Preso dono de empresa que vendeu respiradores falsificados à prefeitura
Dono da empresa Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos EM, com sede em Palmas (TO), Jesus de Oliveira Vieira de Souza, foi preso por vender respiradores falsos para a prefeitura de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). De acordo com as investigações, o homem adquiriu monitores cardíacos, pelo valor de R$ 10 mil e adulterou o produto para dar aparência de ventiladores e revendeu à Prefeitura pelo valor de R$ 190 mil cada.
A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), cumpriu o mandado de prisão hoje. O golpista foi até Rondonópolis para tentar desbloquear os R$ 3 milhões que a Justiça já tinha confiscado de suas contas.
A ocorrência foi registrada pela secretaria municipal de Saúde no dia 22 de abril, quando as caixas chegaram à Undiade de Pronto Atendimento da cidade e de imediato os profissionais perceberam que eram muito leves. As caixas foram abertas e o golpe percebido.
Por meio de processo de dispensa de licitação, a prefeitura adquiriu 22 respiradores pelo valor de R$ 4,3 milhões..
Imediatamente após o registro da ocorrência, a Derf Rondonópolis iniciou as diligências deslocando uma equipe, coordenada pelo delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva, para cidade de Palmas (TO), onde supostamente ficava a sede da empresa vencedora da licitação para dar início as primeiras diligências.
Na ocasião, o suspeito, responsável pela empresa já havia deixado a cidade e não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento efetuado pela Prefeitura de Rondonópolis.
As investigações avançaram, sendo possível identificar e qualificar o autor do crime, que teve o mandado de prisão representado pela Polícia Civil e decretado pela Justiça.
Antes de serem entregues em Goiânia, os produtos foram vistoriados por um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde. Depois foi feito o carregamento e o pagamento. Os produtos foram transportados até Rondonópolis por caminhão da própria prefeitura e com escolta da Polícia Civil devido ao receio de roubo.
A Polícia não informou se há participação de funcionários da prefeitura na fraude.