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RELATO EMOCIONANTE: O médico mandou eu ir para casa e esperar o coração do meu filho parar de bater

“Aos 13 anos me apaixonei loucamente por um rapaz seis anos mais velho que eu. Meus pais não aceitavam o relacionamento, então saí de casa, em 2011, e fui morar com ele. Eu era muito criança ainda e inocente.

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Morando juntos, engravidei aos 15 anos. Minha primeira filha, Geovanna, nasceu prematura em novembro de 2013. Dei à luz aos seis meses de gestação. Quando voltamos para casa descobri que o pai da minha filha tinha me traído. Aquilo me machucou muito. Mas acabei perdoando, pois não tinha para onde ir. Dois anos depois tive outro filho, Augusto.

Ao longo desse tempo passei uma luta diária. Não tínhamos o que comer, vivíamos tendo que me mudar de casa por sermos despejados. Cheguei ao ponto de vender os móveis para comprar leite e fraldas para as minhas crianças. O pai deles não parava em casa, era um irresponsável, vivia só festas e com mulheres. Vi e ouvi inúmeras vezes meu companheiro me traindo.

Minha mãe, muito rígida, não me deixava voltar para casa. Ela achava errado eu ter saído e me envolvido com esse homem. Ah, se eu tivesse escutado minha mãe… Com o tempo, meu pai foi meu refúgio. Ele me dava de comer escondido, comprou fraldas, me emprestou dinheiro, me ofereceu seu colo para eu chorar e ainda fez com que minha mãe me perdoasse e me acolhesse novamente. Quando ele morreu fiquei arrasada. Meu herói era policial e levou três tiros na cabeça numa missão a trabalho. Eu quis morrer também. O sonho dele era ver as filhas todas casadas e vestidas de noiva. Não consegui realizar.

Com o passar do tempo, conheci um novo homem. E veio outro pesadelo. Nunca apanhei tanto como com ele. Sofri tanta humilhação, bem mais do que com o primeiro. No final de 2016 tive depressão profunda, pensei até em me matar. Uma noite, enquanto meus filhos dormiam, me tranquei no meu quarto e peguei uma faca. Sentei no chão em prantos. Minha mãe, desesperada, bateu na porta e gritou para eu sair dali. Meus filhos acordaram e não consegui prosseguir.

Nessa época conheci uma igreja evangélica, onde me deram a mão. Fui me reconstruindo pedaço por pedaço. Lá, arrumei um namorado e foi um grande homem na minha vida. Ele me acolheu com meus filhos, me amou, me ajudou, me deu forças. Foi para meus filhos o pai que eles nunca tiveram. Tivemos um filho juntos e seguimos construindo a nossa família. Mas, por eu ser pobre e mãe solteira, a família dele fez de tudo para nos afastar. Até que o levaram embora da minha cidade Pirenópolis, no interior de Goiás, e rompemos.

Meu irmão ficou sendo o ‘tio-pai’ dos meus três filhos. Ele foi muito presente para os meus pequenos. Nós tínhamos um melhor amigo em comum, esse rapaz dormia lá em casa alguns dias e fomos nos aproximando. Ele me conhecia como ninguém, e eu a ele. Ele me fez esquecer completamente minha vida amargurada de antes. Nos apaixonamos. Na nossa primeira noite juntos ele tremia de nervoso.

 

Minha mãe, muito rígida, não me deixava voltar para casa. Ela achava errado eu ter saído e me envolvido com esse homem. Ah, se eu tivesse escutado minha mãe… Com o tempo, meu pai foi meu refúgio. Ele me dava de comer escondido, comprou fraldas, me emprestou dinheiro, me ofereceu seu colo para eu chorar e ainda fez com que minha mãe me perdoasse e me acolhesse novamente. Quando ele morreu fiquei arrasada. Meu herói era policial e levou três tiros na cabeça numa missão a trabalho. Eu quis morrer também. O sonho dele era ver as filhas todas casadas e vestidas de noiva. Não consegui realizar.

Com o passar do tempo, conheci um novo homem. E veio outro pesadelo. Nunca apanhei tanto como com ele. Sofri tanta humilhação, bem mais do que com o primeiro. No final de 2016 tive depressão profunda, pensei até em me matar. Uma noite, enquanto meus filhos dormiam, me tranquei no meu quarto e peguei uma faca. Sentei no chão em prantos. Minha mãe, desesperada, bateu na porta e gritou para eu sair dali. Meus filhos acordaram e não consegui prosseguir.

Nessa época conheci uma igreja evangélica, onde me deram a mão. Fui me reconstruindo pedaço por pedaço. Lá, arrumei um namorado e foi um grande homem na minha vida. Ele me acolheu com meus filhos, me amou, me ajudou, me deu forças. Foi para meus filhos o pai que eles nunca tiveram. Tivemos um filho juntos e seguimos construindo a nossa família. Mas, por eu ser pobre e mãe solteira, a família dele fez de tudo para nos afastar. Até que o levaram embora da minha cidade Pirenópolis, no interior de Goiás, e rompemos.

Meu irmão ficou sendo o ‘tio-pai’ dos meus três filhos. Ele foi muito presente para os meus pequenos. Nós tínhamos um melhor amigo em comum, esse rapaz dormia lá em casa alguns dias e fomos nos aproximando. Ele me conhecia como ninguém, e eu a ele. Ele me fez esquecer completamente minha vida amargurada de antes. Nos apaixonamos. Na nossa primeira noite juntos ele tremia de nervoso.

No começo de 2020 engravidei. Fiquei tão nervosa, que chorei de soluçar. Ele me abraçou e acalmou. Confesso que não aceitei bem a notícia e por um tempo escondi a minha gravidez por vergonha de ter meu quarto filho.

Com um mês de gestação tive o primeiro sangramento. Aos dois meses, minhas roupas íntimas ficavam bastante úmidas, diariamente. Com três meses, já entusiasmados, contamos a todos que estávamos grávidos. Mas foi no quarto mês que descobrimos a perda do líquido amniótico.

Eu sentia muitas dores. Fiz um ultrassom e descobri que havia pouco líquido e o bebê logo entraria em sofrimento. Nossa luta começou aí, minha casa virou um leito de hospital. Me recordo das vezes que meu companheiro virava madrugava me esperando no hospital, das vezes que falava que me amava e que eu era a sua esposa.

Entrei no quinto mês de gestação e as dores só aumentavam. Precisei ficar internada e passar por uma cirurgia. O colo do meu útero já não suportava mais o peso da gravidez e no oitavo mês descobri que o coração do meu filho já não acelerava. Ouvir de um médico: ‘vai para casa e espera o coraçãozinho dele parar de bater’ acabou com tudo que eu havia planejado para nós. Fiquei destruída. Só queria o meu filho vivo.

Se eu fizesse cesárea eu não resistiria, o médico disse que era eu ou o bebê. Somente um poderia ser salvo. Completamente fraca e sem forças, pedi que Deus não levasse meu filho de mim. Pedia um milagre. Nesse período, descobri que o pai do meu filho, que eu tanto amava, havia me traído também. Me doeu muito, mas eu tinha que resistir e ser forte pelo meu filho.

No dia 2 de setembro de 2020, às cinco da manhã, depois de muitas e muitas horas em trabalho de parto, meu filho nasceu. Vivo! Tive um parto induzido, muito difícil e doloroso. Benício veio ao mundo com quase 3 quilos e medindo 52 centímetros. Ele foi direto para a UTI por ter uma complicação em seu pulmão esquerdo. Mas fora isso era um bebê completamente saudável, nasceu sem graves sequelas, para nossa felicidade e completa surpresa dos médicos.

Dias após dar à luz, comecei a sentir fortes dores na barriga. O inchaço tomou conta de mim e descobrimos um coágulo no meu útero, causando uma hemorragia interna, seguida de hipertensão e hipotermia. O quadro piorou muito e tive uma parada cardiorrespiratória. Foram 47 minutos na sala de reanimação e nada de voltar meus batimentos cardíacos. Os médicos chegaram a ligar para os meus familiares após duas horas de óbito declarado. Eu já tinha sido considerada morta.

Ainda me lembro de tudo. Onde eu estava, não queria mais voltar, não sentia mais dor, não sentia mais nada. Eu estava bem. De longe, eu via as três médicas dando choques no meu corpo.

Após duas horas, surpreendentemente, fui reanimada, acordei e recuperei minha consciência. Precisei de transfusão de sangue e ficar em uma ‘bolsa térmica’, onde eu via e ouvia tudo, mas não conseguia falar. Do momento em que eu apaguei à recuperação dos movimentos do meu corpo, apenas pensava no que tinha vivido até ali.

Me chamavam no hospital de ‘bomba relógio’ e me monitoravam a cada minuto. Ao longo de 15 dias, com ajuda de remédios e repouso absoluto, reverti meu quadro clínico e recebi alta. Deus garantiu minha vida de volta. Mesmo já em casa, minha luta continuou por algum tempo. Fiquei usando um remédio muito caro, tomava 15 injeções nos braços, pernas e barriga. Meu filho logo também teve alta do hospital.

Tenho 23 anos e sinto que já vivi 100. Agora espero aproveitar a vida com ainda mais vigor e dar muito amor ao meu pequeno. Meu bebê milagre completou em setembro um ano de vida. E eu, um ano da minha segunda vida. Somos felizes, saudáveis e não dependemos de nenhum remédio ou tratamento.

E sabe aquele homem perfeito que um dia encontrei e que foi embora porque a família não me aceitava? Nos reencontramos e estamos noivos. Nos casaremos em breve. Ele assumiu todos os meus quatro filhos. Seguimos todos juntos e felizes.”

 

 

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