RELATO: “Me deixou dois anjinhos”, diz esposo de gravida de gêmeos que morreu de COVID 19
A pandemia do novo coronavírus tem feito milhares de vítimas pelo mundo. No Brasil, a situação não é diferente e várias vidas foram interrompidas por causa do vírus. A morte de uma gestante causou grande comoção após o desabafo comovente do viúvo. O jovem Diego Rodrigues, de 24 anos, perdeu a esposa de 23 anos, vítima da Covid-19.
O rapaz que mora em Macatuba, cidade do interior de São Paulo, desabafou sobre a difícil perda mudou completamente a sua vida de uma hora para outra e também a dos filhos recém-nascidos. “Eu estou muito abatido, não tiro ela da cabeça, mas sei que Deus tem um plano pra nossa vida. Deus permitiu que ela deixasse dois anjinhos para eu cuidar, para me dar forças. Chorei tanto quando vi eles pela primeira vez, foi a coisa mais linda”, lembrou Diego.
A jovem Larissa Blanco estava com 35 semanas de gravidez dos gêmeos Gustavo e Guilherme quando deu à luz as crianças em um hospital particular de Botucatu, em São Paulo. As crianças testaram negativo para Covid-19, mas continuam internados, pois nasceram prematuros. O pai falou que ficou emocionado ao ver os filhos e sabe que eles vão precisar muito da sua presença.
De acordo com a informação da prefeitura, Larissa foi diagnosticada com a Covid-19 no dia 12 de junho. O companheiro disse que ela começou a apresentar os sintomas da doença alguns dias antes, porém somente precisou de internação na última sexta-feira, 26 de junho. No dia seguinte, a gestante foi transferida para Botucatu e acabou entrando em trabalho de parto.
O marido lembra que ser mãe era o sonho de Larissa. Diego contou que ela sofreu uma hemorragia e que a equipe médica não estava conseguindo conter. Depois acabou sofrendo uma parada cardíaca, sendo necessário uma transfusão sanguínea. Infelizmente, a mulher não aguentou e foi a óbito. O médico explicou que por causa do coronavírus o corpo da jovem não conseguiu cicatrizar.
Diego também testou positivo para o coronavírus, mas já está na fase que não transmite mais o vírus e por esse motivo pode acompanhar o desenvolvimento dos gêmeos no hospital.
