Saúde

Fapero recebe primeira parcela para financiamento de pesquisa sobre gestão compartilhada em saúde

O Governo de Rondônia, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero) recebeu a primeira parcela de R$ 752 mil para financiar os 24 pesquisadores beneficiários do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). Os projetos científicos foram aprovados pelo Comitê Gestor de Pesquisadores Ad hoc após serem submetidos às exigências do edital de chamada pública nº 001/2020.

Segundo a diretora Financeira da Fapero, Dioneia Nogueira, a liberação da segunda parcela está prevista para 2022, Os repasses da duas parcelas totalizam R$ 1,4 milhão. O prazo de execução das pesquisas é de 24 meses, podendo os resultados serem apresentados em até 30 meses.

O PPSUS é um programa definido a partir de uma parceria do Ministério da Saúde (MS), com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Decit/SCTIE/MS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O programa visa ainda apoiar e fortalecer o desenvolvimento de projetos de pesquisa que busquem soluções para as prioridades de saúde e atendam às peculiaridades  de Rondônia. De acordo com o diretor Científico da Fapero, Andreimar Martins Soares, o PPSUS tem como característica estruturante importante o desenvolvimento de ações para a melhoria da qualidade de vida da população rondoniense.

Dentre os projetos de pesquisas voltados para as peculiaridades regionais serão desenvolvidos estudos relacionados à infecção e sequelas da covid-19, saúde mental do rondoniense, do trabalhador, da mulher, envenenamento, leishmaniose e as formas de transmissão da doença; e causas dos diferentes tipo de diarreia, principalmente em crianças.

A leishmaniose, por exemplo, tem como uma das principais causas a infestação pelo protozoário parasita “Leishmania”, que é transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for tratada.

A aproximação entre os sistemas estaduais e federais de saúde e de ciência e tecnologia e a comunidade científica, promovida pelo PPSUS, permite maior interação entre os atores locais para o fortalecimento da Política Estadual de Saúde (PES).

Os recursos são repassados diretamente ao coordenador do projeto que tem a incumbência de manter todas as condições de qualificação, habilitação e idoneidade necessárias ao perfeito cumprimento da pesquisa, preservando atualizados os dados cadastrais junto aos registros competentes da Fapero e do CNPq.

A equipe executora, no entanto, pode ser constituída por pesquisadores, alunos e técnicos, e composta, no mínimo, por um integrante com titulação de mestre, designado mais tarde como coordenador substituto e que representará o titular quando for necessário.

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