Hospital de Base oferece atendimento de Terapia Ocupacional em Porto Velho
O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), oferece no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HB) atendimentos de Terapia Ocupacional. que possibilita o tratamento de pessoas com limitação ou incapacidade de realizar atividades do dia a dia, como a bi-polaridade, esquizofrenia, e transtornos por uso de substâncias psicoativas (drogas e álcool)
O serviço funciona na Ala psiquiátrica do hospital, em Porto Velho e está ligado ao Núcleo de Terapia Ocupacional. A ala psiquiátrica também acolhe, em algumas situações, pacientes para internação.
Cerca de 60 pacientes são atendidos por mês no setor de psiquiatria do Hospital de Base. Três terapeutas atendem, diariamente, em média 10 pessoas com problemas psicológicos. O Núcleo de Terapia Ocupacional tem uma equipe de seis profissionais no quadro atual, com atendimentos realizados também na maternidade. Mas, devido à pandemia, a maior demanda está no setor psiquiátrico.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Terapia Ocupacional do HB, Joelma Canete Cataca, em alguns casos de pacientes acometidos pela Covid-19, pode ocorrer, após o período de internação, o comprometimento na coordenação motora ou cognitiva. Ela explica ainda, que por meio da Terapia Ocupacional, o quadro pode ser revertido.
“Nós atendemos pacientes com déficits cognitivos, físicos, mental e social aqui no Núcleo. Primeiro montamos um plano terapêutico para o paciente e, se for o caso, buscamos auxiliar no tratamento do pós-Covid, aqui no HB. Muitas vezes as sequelas apresentadas são: dificuldade psicomotora e em lidar com as rotinas, devido à hospitalização. O terapeuta ocupacional ajuda esses pacientes pós-Covid-19, sem contar a demanda ocasionada por diversos outros casos, como os problemas psicológicos em geral”, explica a coordenadora.
Os atendimentos a pacientes com esquizofrenia e bi-polaridade são os mais comuns. É o caso de Sindomar da Silva que, por duas vezes em menos de três meses, precisou retornar para a internação na Ala psiquiátrica do HB, porque não tomou a medicação como deveria. Ele tem consciência dos surtos que causam a falta da medicação, porém só entende quando é encaminhado para o hospital e precisa ficar por alguns dias, até que a medicação faça efeito. O paciente conta que encontrou na música a melhor terapia. “A primeira atividade que eu peço quando chego aqui é o violão. A música me completa e me traz paz e depois eu peço um papel pra desenhar”, revela Sindomar.
Terapeuta ocupacional há três anos do HB, Wesley Ferreira explica que a terapia é fundamental em diversas situações e busca implementar atividades ao ar livre, atividades sociais, além das datas comemorativas para tratar os diversos casos encontrados no HB. “Com o passar do tempo, passamos a conhecer melhor cada paciente e conseguimos contribuir cada vez mais com a vida dele. Na psiquiatria, a maior demanda é na parte social e, por isso, tentamos não deixá-los ociosos, tentamos sempre reinclui-los novamente na sua vida social e familiar”, explica o terapeuta.
O tempo de internação ou tratamento depende de cada caso, mas é fundamental que aos primeiros sintomas o paciente procure ajuda médica. Para casos de disfunções cognitivas, afetivas ou psicossocial ocasionados pela Covid-19 e que tenham sido internados no HB, o paciente é automaticamente encaminhado para o setor psiquiátrico para tratamento.