Saúde

No Dia da Espondilite Anquilosante, especialista médica orienta para o diagnóstico e tratamento precoce

Dedicado ao Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, 7 de maio tornou-se um dia a mais na luta pelo tratamento desta doença, que ainda não tem cura e que pode atingir homens e mulheres com intensa dor lombar por inflamação crônica, que piora no repouso e melhora com atividades físicas.

De acordo com a médica, Lorena Almeida, reumatologista contratada do Governo de Rondônia e que atende no Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro (HB), é preciso esclarecer que, além da dor crônica que dura mais de três meses, a doença causa também rigidez matinal na coluna e pode se estender com dores nas nádegas, fadiga, artrite, principalmente de joelhos e tornozelos, e inflamação nos calcanhares. Como toda doença, os sintomas da Espondilite Anquilosante podem se agravar dependendo da conduta de cada paciente.

Ela explicou que se trata de uma doença cuja causa não é totalmente conhecida, mas que deixa a revelar, conforme os melhores estudos científicos, que seja resultante da associação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais, como infecções virais ou bacterianas, sendo mais frequente no Brasil em homens, na proporção de acometimento de três homens para uma mulher.

A reumatologista do HB disse ainda que o diagnóstico desta doença se baseia em critérios clínicos, exames de imagem – presença de sacroileíte – e exames laboratoriais (provas inflamatórias elevadas e HLA-B27, geralmente detectadas em cerca de 90% dos pacientes com Espondilite Anquilosante, com resultado positivo.

Tida como manifestação ou ramificação da Espondilite, a sacroileíte é uma das principais causas de dor no quadril e acontece devido à inflamação da articulação sacroilíaca, que fica na parte de baixo da coluna vertebral, onde se conecta com o quadril e pode afetar somente um lado do corpo ou ambos. Essa inflamação causa dor na parte inferior das costas ou nas nádegas que pode se estender para as pernas.

ESPONDILITE E DEFICIÊNCIA

A ciência ainda não descobriu a cura da Espondilite Anquilosante e não é exagero informar que em alguns casos ela pode gerar algum tipo de deficiência física, a depender do grau de deformidades que pode causar e do nível de rigidez irreversível da coluna, que pode limitar movimentos e levar o paciente a ser considerado deficiente físico. Mas, conforme orientou a médica Lorena Almeida, isso não é motivo para pânico ou desespero, eis que é uma doença que tem tratamento, e que os pacientes conseguem controlar e eliminar sintomas, afastando, portanto, o risco de tornarem-se deficientes físicos.

Cabe esclarecer, por oportuno que é, que os pacientes acometidos desta doença geralmente procuram um especialista em ortopedia, e podem perder um tempo precioso até o diagnóstico. O reumatologista é o especialista médico capacitado para tratar a Espondilite Anquilosante e por isso aos primeiros sintomas é essencial que o paciente procure este especialista para não demorar no diagnóstico e no consequente início do tratamento.

DIA MUNDIAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Neste 7 de maio a experiente reumatologista do HB, Lorena Almeida, fez uma espécie de digressão pela enfermidade e escreveu: “Dia 7 de maio é o dia mundial da Espondilite Anquilosante, uma doença reumatológica crônica que causa inflamação na coluna vertebral, podendo evoluir em casos mais graves para a chamada “coluna em bambu” (os ligamentos interespinhosos se ossificam e formam pontes ósseas entre as vértebras lombares, levando ao aspecto radiológico que lembra um bambu), causando rigidez na coluna”.

Ela diz ainda que: “Muitas vezes a doença é confundida com dor lombar de outras causas, como hérnia de disco. Por isso, em geral, é um diagnóstico realizado tardiamente (estima-se sete anos do início dos sintomas). Portanto, não se deve ignorar a dor nas costas. Consultar-se com um médico reumatologista é fundamental para a identificação correta do problema e o tratamento precoce”, orientou.

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