Representantes dos setores de alimentação e eventos recebem orientações sobre combate à Covid-19 e repassam aos clientes
Representantes de restaurantes, bares e casas de eventos de Porto Velho receberam do Governo de Rondônia por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e da gerência de Vigilância Sanitária, informações à serem repassadas aos clientes, que contribuem no combate à Covid-19.
“Eduquem seus clientes”, ressaltou Vanessa Ezaki, gerente de Vigilância Sanitária, para o grupo formado, que buscava do Governo do Estado, detalhes acerca das restrições propostas para o setor, em especial às atividades desenvolvidas no período noturno.
Vanessa citou como exemplo, a reunião em que estavam participando. “Aqui por exemplo, todos foram servidos de café e água. Tiramos a máscara no momento da consumação do cafezinho e da água, mas imediatamente fechamos a máscara, por que isso não acontece nesses estabelecimentos?”, questionou. “Uma das formas desse segmento ajudar o Estado, é educando seus clientes”, continuou.
O Governo de Rondônia se reuniu com os empresários e convocou representantes da Casa Civil, da Agevisa, da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), da Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) e da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin) para mostrar a interferência do funcionamento não ordenado de restaurantes, bares e casas noturnas, na estatística elaborada e monitorada pelo Estado, que indica a curva de ascensão de casos confirmados e óbitos relacionados à Covid-19.
Caio Nemeth, estrategista de dados da Casa Civil demonstrou o gráfico de casos ativos de Covid-19 no Estado, no período em que foram liberadas atividades de todos os segmentos. “Ela ascendeu abruptamente, e se não houvesse uma restrição maior naquele momento, a curva continuaria crescendo e o que estaríamos vivendo nesse momento seria muito pior”, disse, reforçando a importância do decreto restritivo, que estabeleceu com que todos os municípios do Estado de Rondônia passassem para a fase 1 de isolamento social.
Na apresentação, Nemeth também mostrou a situação do Estado em relação a ocupação de leitos clínicos, de UTI e relatou a lista de espera dos pacientes por uma vaga nas Unidades de Saúde. “A intervenção do Estado foi no momento certo, se não as consequências seriam muito piores, mais desastrosas”, reforçou.
As medidas que o Governo tomou, além de terem embasamento técnico e numérico em relação aos números de casos, aumentando ou diminuindo, ela leva em consideração a questão antropológica de acordo com as pesquisas que as pessoas estão fazendo na internet. Não é simplesmente fazer um decreto restritivo, tem a hora, o momento e a forma dele ser apresentado”, teceu.
DECRETOS RESTRITIVOS
Ana Flora Gerhardt, diretora-geral da Agevisa lembra que os decretos que entraram em vigor, com proposições mais restritivas demonstraram em números, o decréscimo da curva. “É muito importante a manutenção de todas as medidas necessárias para frear a confirmação de números de casos. Todos os estados estão passando pelas mesmas problemáticas atuais e isso está dificultando a transferência de pacientes de Rondônia para os outros estados. Estamos vivenciando o mesmo momento e essa realidade é apresentada em dados”, pontuou Ana Flora.
Ao final, os empresários que participaram da reunião, com Comitê Científico do Governo de Rondônia, mostraram-se sensibilizados e se propuseram a ajudar, inclusive contribuindo com as fiscalizações. “Essa união de esforços é muito importante. Sobretudo para que a curva apresentada na reunião, não se ascenda abruptamente quando novamente o segmento for autorizado a abrir”, finalizou Ana Flora.