Temporal de até 80 km/h na região da zona da mata e sul mobilizou centenas de trabalhadores da Energisa
Desde domingo (04), municípios da região sul de Rondônia estão sendo atingidos por temporais com ventos de até 80km/h. A combinação de chuva, com um elevado volume de descargas elétricas e de objetos que voaram sobre a rede elétrica provocou mais de 2 mil ocorrências nos municípios de Vilhena, Rolim de Moura, Alta Floresta, São Miguel e Colorado, volume 120% acima dos dias normais. Cerca de 50% ocorrências foram resolvidas de forma remota, por meio da tecnologia de religamento automático instalada pela empresa. No total, 80% foram atendidas em menos de duas horas. Mesmo assim, cerca de 200 equipes, mais que o dobro do contingente normal, seguem trabalhando para atender todos os chamados, mais de 85% deles de clientes isolados, ou seja, unidades consumidoras localizadas fora dos grandes centros, em áreas de difícil acesso.
Nas redes sociais, os moradores registraram a severidade do clima e também a mobilização das centenas de equipes em todo estado. “Tem funcionários da Energisa por todas as ruas”, escreveu um morador de Vilhena.
O diretor-técnico da Energisa, Fabrício Sampaio, explica que os eletricistas estão trabalhando em regime de revezamento, 24 horas por dia, para atender todas as ocorrências. Ele atribui o rápido restabelecimento da maioria dos clientes aos resultados do sólido investimento de R$ 1 bilhão realizados nos últimos dois anos. O reforço das equipes com a contratação de mais eletricistas e técnicos foi essencial, porém, para garantir o acionamento rápido do plano de contingência da empresa e deslocar equipes adicionais para a região. “Conseguimos fazer isso sem deixar outras áreas de atendimento descobertas, já que os alertas de chuvas seguem sinalizando a possibilidade de novos eventos climáticos”, explica Sampaio.
O diretor explica, porém, que a configuração da rede de energia no estado apresenta complicadores adicionais. É o caso da grande quantidade de clientes isolados. Muitas vezes, estradas e pontes também ficam danificadas nas chuvas, o que amplia a dificuldade. “Apesar das dificuldades de acesso, os colaboradores estão conseguindo chegar a pontos distantes. Em Alta Floresta, por exemplo, foi necessário subir um morro com caminhão para substituir três postes e restaurar a energia para os moradores”, declarou.
Em Porto Velho, capital do estado, a chuva foi menor, porém houve ocorrência de ventos fortes todos os dias desde domingo. “Apesar disso, não houve registro de aumento nas ocorrências em Porto Velho. Sinal de que as intervenções realizadas depois das fortes chuvas de agosto ajudaram a evitar novos contratempos”, frisou diretor.