Criação de tambaqui é predominante na piscicultura em propriedades rurais da Zona da Mata
Com apoio do Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater) os piscicultores de Rondônia estão melhorando a produção de pescado e instalando agroindústrias familiares para o processamento de peixes. Essas iniciativas tem garantido o reconhecimento dos serviços de inspeção sanitária estadual e municipal, desta forma a produção pode ser comercializada legalmente, agregando valor ao produto.
Na região da Zona da Mata, a piscicultura é uma atividade presente em muitas propriedades rurais, principalmente com a criação do tambaqui. A espécie nativa é a mais criada em cativeiro no Brasil e Rondônia se destaca como maior criador do pescado entre os estados do país. No entanto os produtores se queixam de dificuldades na comercialização, isso devido ao baixo valor agregado à produção, quando se vende o peixe in natura. Um problema que já foi resolvido na propriedade do agricultor Jose Pedro Pereira, assistido pela Emater, por meio do escritório local de Novo Horizonte do Oeste.
A solução veio com a instalação de uma agroindústria de processamento de pescado. O produtor conseguiu financiamento para a construção do empreendimento, por intermédio do Programa Nacional de Incentivo à Agricultura Familiar (Pronaf) e recebeu apoio da Secretaria Municipal de Agricultura de Rolim de Moura para inscrição da agroindústria no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), porque mesmo a propriedade estando mais perto de Novo Horizonte, pertence ao município de Rolim de Moura.
O Governo de Rondônia, por meio da Emater, assegura gratuitamente a todas as agroindústrias familiares, nos primeiros anos de funcionamento, um responsável técnico para facilitar a regularização, junto ao serviço de inspeção e para garantir a utilização de boas práticas no processamento dos produtos, desde que o empreendimento se enquadre como produção familiar.
A agroindústria de pescado de José Pedro Pereira, tem como responsável técnico a médica veterinária Fernanda Muniz Marconi, extensionista da Emater em Novo Horizonte. Ela acompanha a produção em todas as etapas, desde o abate dos peixes, evisseramento, cortes especiais, embalagem e acondicionamento do produto. A comercialização ainda está restrita ao mercado de Rolim de Moura, mas está em andamento o processo de registro da agroindústria na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia ( Idaron), para emissão do selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Com o registro, os produtos da agroindústria, podem ser vendidos nos mercados de todos os municípios do Estado.
“A Idaron considera como agroindústria familiar, uma unidade processadora de pescado com capacidade máxima instalada de 1. 500 quilos por dia e que apresente todos os requisitos exigidos para o registro, tanto do ponto de vista das instalações físicas quanto da capacitação de pessoal, de acordo com as normas de boas práticas de processamento de alimentos, e cuidados com o meio ambiente, itens que a agroindústria de Novo Horizonte passa com louvor”, diz Alexandre Juliatti Venturoso, gerente regional da Emater na região da Zona da Mata.