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Conheça projeto que usa madeiras apreendidas em operações policiais para construção de viveiros

Projeto começou em 2021 e atualmente, conta com a colaboração de diversos órgãos de segurança e a participação de diversos municípios.

O alto volume de madeiras apreendidas em operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Ambiental em Rondônia nos últimos anos, deu início a um projeto que direciona as madeiras obtidas ilegalmente para a construção ou revitalização de viveiros municipais.

Idealizado pelo juiz Maximiliano Deitos, lotado no Tribunal de Justiça (TJ-RO) Ji-Paraná, o projeto ganhou destaque nacional e foi vencedor do prêmio ‘Juízo Verde’, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).

“É um produto do crime sendo revertido para a sociedade e para o meio ambiente”, pontuou o juiz responsável pelo projeto.

Batizado de ‘Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas’, o projeto conta, atualmente, com a participação e colaboração de diversos órgãos de segurança e fiscalização.

🌳 25 viveiros já estão em pleno funcionamento e 11 estão em processo de finalização; todos possuem capacidade de abrigar entre 100 a 150 mil mudas, totalizando, no fim das obras, 4 milhões de mudas.

🪓 De acordo com o juiz responsável pelo projeto, mais de 8 mil m³ de madeiras já foram doadas aos municípios.

🚔 Madeiras são apreendidas em operação da PRF, IBAMA, Polícia Ambiental, SEDAM-Copam;

🌸 Atualmente, o projeto possui mais de 4 toneladas de 57 espécies de sementes nativas, tais como: ipê, itaúba, jequitibá, tauari, copaíba, abiurana, taxi, jatobá e outras.

📍Ao todo, mais de 20 municípios são beneficiados pelo projeto: Ariquemes, Cujubim, Monte Negro, Campo Novo de Rondônia, Jaru, Theobroma, Governador Jorge Teixeira, Buritis, Vilhena, Colorado do Oeste, Cerejeiras, Corumbiara, Cabixi, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Nova União, Teixeirópolis, Cacoal, Ministro Andreazza, Espigão d’Oeste, Pimenta Bueno, Castanheiras, Parecis, Novo Horizonte, São Miguel do Guaporé, São Francisco do Guaporé e Seringueiras.

Além de incentivar a construção de viveiros, o projeto também tem como objetivo desenvolver a produção de mudas florestais, restaurar áreas degradadas, lixões desativados, matas ciliares, urbanização e recuperar as nascentes de rios.

Abaixo, veja perguntas e respostas sobre o projeto:

1- Como as madeiras apreendidas são doadas?

Por meio de decisões judiciais, as madeiras apreendidas são doadas pelo Juizados Especiais Criminais da Comarca de Ji-Paraná, além de outros insumos, tais como: sementes, sombrites, catracas, fios e sacolinhas para mudas.

2- Onde os viveiros são instalados?

No princípio, 12 municípios da Região Central de Rondônia foram convidados a aderirem ao projeto para recebimento de madeira e insumos.

Logo após o aceite, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) realizou um relatório sobre a situação dos locais indicados para a construção dos viveiros. Foram feitos:

  • visita aos lixões desativados e
  • visita aos locais de captação de água.

Durante as visitas, os técnicos da Sedam ofereceram orientações técnicas na instalação e/ou revitalização dessas áreas.

3- De onde são as sementes para reflorestamento?

As sementes para reflorestamento foram adquiridas de comunidades indígenas da região de Ji-Paraná e Alta Floresta do Oeste (TI Igarapé Lourdes e Rio Branco), através de recursos do judiciário oriundo do Projeto Sementes Terras Indígenas.

Fonte: G1 RO

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