“Fechar comércio não é a solução”, diz governador Marcos Rocha
Durante a audiência pública, realizada por videoconferência para tratar do enfrentamento à Covid-19 em Porto Velho (RO), nesta segunda-feira, (29/06), o governador do Estado de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, destacou que é contra o fechamento do comércio.
Coronel Marcos Rocha, disse que a polícia militar aplicou sanções a quase 50 pessoas que estavam em um rio tomando banho. “Elas estavam fazendo festa, foram autuadas”.
Durante sua fala o governador pontuou não acreditar que os setores de comércio e serviços criam ou ampliam a possibilidade de contaminação. “O que acontece na verdade é a falta de respeito, muitas vezes fora da área de trabalho. Porque dentro da área de trabalho, eu sei que os profissionais têm adotado as medidas necessárias, é isso que eu tenho percebido”.
Ele lembrou que diversas pessoas fizeram festas apelidadas de “CoronaFest”, durante o período de contagio.
Rocha, explica que no começo ninguém acreditava, mas hoje a situação é diferente, ao adentrar qualquer empresa é aplicado álcool em gel nas mãos. “Tenho conversado com amigos donos de lojas. Eles falam… meu irmão, eu não aguento mais, se parar novamente o risco de falência é grande e se falir serão muitos empregos perdidos. Nós construímos um decreto com uma equipe técnica grande, ouvindo várias pessoas e esse decreto está bem estruturado e ele busca o equilíbrio tanto da saúde quanto do negócio. Mas eu digo, fechar o comércio e a prestação de serviços não é a solução”.
“Foi muito bem trabalhado esse decreto, construímos leitos de UTI, além de ações que adotamos lá no início, temos EPIs. Nós estamos na guerra e precisamos usar nossas armas”, finalizou governador, Coronel Marcos Rocha.
O governador se referia ao Decreto n° 25.138, de 15 de junho de 2020 – Onde previa a Reabertura Comercial, mas se a pandemia atingisse taxa superior a 80% de ocupação em leitos de UTI’s, deveria voltar a fase 1, onde apenas parte do comércio ficaria aberta.
O Governador, Coronel Marcos Rocha, esclareceu que é contra o lockdown e que na fase 1 apenas serviços essenciais deverão funcionar.
NA FASE 1, AS ATIVIDADES QUE FUNCIONAM SÃO:
a) Açougues, panificadoras, supermercados e lojas de produtos naturais;
b) Atacadistas e distribuidoras;
c) Serviços funerários;
d) Hospitais, clínicas de saúde, clínicas odontológicas, laboratórios de análises clínicas e farmácias;
e) Consultórios veterinários e pet shops;
f) Postos de combustíveis, borracharias e lava-jatos;
g) Oficinas mecânicas, autopeças e serviços de manutenção em geral;
h) Serviços bancários, contábeis, lotéricas e cartórios;
i) Restaurantes e lanchonetes localizadas em rodovias;
j) Restaurantes e lanchonetes em geral, para retirada (drive-thru e take away) ou entrega em domicílio (delivery);
k) Lojas de materiais de construção, obras e serviços de engenharia;
l) Lojas de tecidos, armarinhos e aviamento;
m) Distribuidores e comércios de insumos na área da saúde, de aparelhos auditivos e óticas;
n) Hotéis e hospedarias;
o) Segurança privada e de valores, transportes, logística e indústrias;
p) Comércio de produtos agropecuários e atividades agropecuárias;
q) Lavanderias, controle de pragas e sanitização;
r) Outras atividades varejistas com sistema de retirada (drive-thru e take away) e entrega em domicílio (delivery);
A audiência foi presidida pelo juiz Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO) e contou a participação de diversas autoridades municipais, estaduais e órgãos de fiscalização.
Em Rondônia 23 municípios entraram para fase 1, visando o equilíbrio dos eixos da saúde e da economia.
CONFIRA A FALA DO GOVERNO DURANTE A AUDIÊNCIA: