Polícia

Absurdo: Sargento e esposa vendiam filhas de 8 e 11 anos para escravidão sexual

A ‘Operação Medusa’, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança ao Adolescente (DEPCA), cumpriu dois mandados de prisão preventiva por exploração sexual comercial, estupro de vulnerável e favorecimento a prostituição. As vítimas são duas crianças que sofriam os abusos desde os 03 anos de idade.

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Segundo a titular da DEPCA, delegada Joyce Coelho, as vítimas relataram à polícia que a própria mãe recebia dinheiro, comidas e roupas dos homens em troca dos abusos sexuais.

“A criança mais velha nos relatou que desde pequena era abusada pelo pai e que também a genitora, que é usuária de drogas, a vendia para um comerciante próximo da casa dela”, disse a titular da DEPCA.

A criança deu detalhes de como a exploração acontecia. “Ela relata com todas letras que na primeira vez que se vendeu, ela estava com fome, ele pagou R$20,00, com R$ 10,00 ela comprou arroz e feijão e levou pra casa e com R$ 10,00 ela comprou uma sandália que ela estava sem chinelo. Isso foi intermediado pela mãe. Na segunda vez a mãe pediu que ela aceitasse esse ato porque ela estaria devendo pra alguém”, informou a delegada.

O caso tem relação com o desaparecimento de duas crianças no dia 22 de dezembro de 2020, quando as meninas supostamente teriam desaparecido com o padrasto. Elas não tinham nenhum indício de abuso sexual pelo homem e foram encaminhadas para uma instituição ate que fosse esclarecida a situação.

Durante a investigações, uma das crianças informou a um policial que ajudou nas buscas, que nunca se perdeu e foi levada ao local para ser vendida novamente. “Então a gente fecha o quebra-cabeça. A criança conta que ela não se perdeu por acaso com o padrasto, que na verdade ele estava fazendo um meio de protegê-las, porque naquela dia ela tinha sido levada para o local para ser vendida novamente, finalizou a delegada.

O pai das crianças, um sargento da reserva da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) foi preso no Conjunto Galiléia, bairro Cidade Nova, zona norte da capital. Um comerciante de 50 anos também foi preso por envolvimento no crime. Um mandado de prisão contra a mãe também foi expedido, mas ela não foi encontrada e é considerada foragida.

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